A Física juntamente com outras ciências foi responsável por grandes invenções, o que seria hoje do homem sem o automóvel, sem os motores a combustão de combustíveis fósseis? É difícil imaginar uma situação dessas, porém, por trás da comodidade de locomoção temos o problema da emissão de gases poluentes e consequentemente o efeito estufa tão falado e discutido, por isso vivemos hoje uma corrida para aperfeiçoar esses tão queridos "brinquedinhos" da sociedade moderna, afim de torná-los ecologicamente corretos.
Esse artigo vai mostrar um pouco do que está sendo feito em benefício do planeta Terra:
A vida motorizada tomou o mundo de assalto e mudou para sempre a vida e a cultura dos países em que foi introduzida. O telefone e a televisão, duas maravilhas tecnológicas do século 20, não despertam paixões nem permitem a seus donos viver fantasias de status ou sonhos de liberdade como os carros. Mas existe um problema chamado gasolina.
Queimar petróleo perde glamour com uma velocidade assustadora. A indústria automobilística, gigante que movimenta 2,5 trilhões de dólares e emprega 50 milhões de pessoas em todo o mundo, hoje dá os primeiros passos na maior transformação de sua história.
"As montadoras e a indústria petrolífera viveram o século 20 em simbiose, ligadas pelo motor de combustão interna", diz Vijay Vaitheeswaran, autor de "Zoom - a corrida global para abastecer o carro do futuro" (numa tradução livre, ainda sem previsão de lançamento no Brasil). "Mas uma série de pressões simultâneas vai provocar mudanças profundas nessa relação. As montadoras não ganham dinheiro vendendo gasolina. Elas vendem mobilidade."
Nunca se viu um esforço tão grande para abandonar, ou pelo menos manter sob controle, o vício do petróleo. O motor elétrico, depois de décadas relegado a campos de golfe e saguões de aeroportos, voltou.
E ele não vem sozinho. Está acompanhado por novas baterias, células de combustível, motores flex, biodiesel e etanol, numa onda de inovação que pode ter impacto comparável ao lançamento do Modelo T. O zumbido sutil dos carros do futuro começa a competir com o ronco dos motores a gasolina.
Mesmo descontado um eventual exagero, não é difícil imaginar que em duas décadas a fumaça dos carros seja tão condenável quanto à dos cigarros. O dióxido de carbono não é tóxico para os seres humanos, mas pode ser letal para o planeta. Se o transporte motorizado não é o único responsável pela concentração de CO2 na atmosfera - o desmatamento é responsável pela mesma quantidade de emissões de gases de efeito estufa -, certamente é o lado mais visível do problema.
Embora todos na indústria digam que não haverá uma única solução para tornar os carros mais verdes, e sim uma diversidade de alternativas em uso, a grande aposta é em um futuro abastecido por hidrogênio.
O processo químico é o mesmo das aulas de ciências do colégio: combine hidrogênio com oxigênio, e o resultado será eletricidade e água. A energia gerada faz girar um motor elétrico, muito parecido com aquele de mais de 100 anos atrás, e a água que sobra é pura o suficiente para beber.
O problema é que a célula de combustível que armazena o hidrogênio ainda custa caro demais. Um único carro equipado com a tecnologia custa cerca de 1 milhão de dólares e, embora o preço do hidrogênio combustível seja próximo do da gasolina, estima-se que a adaptação de um único posto de abastecimento custe 500.000 dólares.
É por isso que existem hoje somente cerca de 80 ônibus e 200 carros com tanque de hidrogênio em circulação no mundo inteiro. A piada que corre na indústria é que a tecnologia está eternamente a 20 anos de virar realidade.
É essa a expectativa de Ennio Peres da Silva, coordenador do laboratório de hidrogênio da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp): "Os carros movidos a hidrogênio só devem aparecer nas estatísticas depois de 2020".
A evolução natural dos híbridos são os chamados plug-in, que permitem ao motorista ligar o carro em uma tomada doméstica para recarregar durante a noite. Essa é a tecnologia do Chevrolet Volt, da GM.
Mas aí entra em cena a mesma limitação que matou a promessa do carro elétrico na virada do século 20. Em relação ao peso, a gasolina é pelo menos 30 vezes mais eficiente que as baterias em teste hoje, de íon-lítio, semelhantes às usadas em celulares e laptops.
É claro que o ambiente político, o clima e a tecnologia de hoje são outros, mais favoráveis. Mas o carro verde terá outros "inimigos": os indianos e os chineses que querem seu primeiro automóvel.
Para servir os grandes mercados deste século, a indústria terá de enfrentar novos e poderosos competidores, como a Tata Motors (Carro do Presente), e provavelmente andar na contramão da estrada verde que se abre no Ocidente. Como se não bastasse o desafio de criar o carro do futuro, as montadoras terão de se virar para criar um novo carro do presente.
Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/desenvolvimento/conteudo_268279.shtml?func=2
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